GUERRA E TRAUMA PSICOLÓGICO: EFEITOS DA VIOLÊNCIA NO CÉREBRO

As guerras afetam não só um determinado território e a geopolítica de um país mas também a vida dos moradores e gera efeitos da violência no cérebro.
Tal contexto, pode levar o indivíduo a sofrer com traumas não só físicos como psicológicos.
Em notícias recentes foram divulgadas a retomada aos bombardeios da Rússia a Ucrânia.
Essa retomada, frustrou acordos preestabelecidos, assim como uma crise no abastecimento e ajuda humanitária no Hamas.
Todo esse contexto de violência gera danos a estrutura cerebral daqueles que sofrem com os efeitos diários da guerra.
O trauma psicológico gera efeitos da violência no cérebro que caracteriza-se por uma situação de extrema brutalidade.
Isso desencadeia transtornos em sua vida cotidiana.
O trauma agudo pode gerar ansiedades generalizadas, síndromes do pânico em decorrência do medo agudo de sofrer atentado ou de morrer em meio a guerra.
No DSM-5 o transtorno de estresse pós-traumático é caracterizado por sonhos angustiantes e recorrentes,
pesadelos onde constantemente o indivíduo revive o acontecimento traumático.
Reações dissociativas, sofrimento psicológico intenso ou prolongado sempre que estejam em contato com gatilhos que relembrem o episódio,
Comportamento irritado, surtos de raiva, hipervigilância, falta de concentração, perturbações no sono.
Também a despersonalização em casos mais graves onde o sujeito sente como se fosse expectador de si mesmo.
Outro sintoma é a desrealização ambiental, como se tivesse baixa percepção espaço-temporal do ambiente a sua volta.
Esses efeitos seguem o indivíduo por muitos anos ou por toda a vida a depender do tempo e da gravidade.
Futuramente pode desencadear outros transtornos como a depressão gerando uma piora no quadro geral do paciente e em casos extremos levar ao suicídio.
Durante as duas grandes guerras mundiais foram relatados casos de ex-combatentes de guerra que desenvolveram casos graves do transtorno.
Esses indivíduos acabaram desenvolvendo o transtorno dissociativo de identidade, que embora mais comum na infância pode ocorrer também na idade adulta.
A personalidade é fragmentada gerando várias outras personalidades, como um mecanismo de defesa contra memórias traumáticas dolorosas.
Geralmente é mais comum na infância onde a personalidade ainda não se desenvolveu totalmente e em casos de abusos sexuais infantis.
Os efeitos da violência no cérebro podem ser graves e duradouros e é necessário um olhar cada vez mais atento e especial as vítimas.
Na Ucrânia mas em especial no Hamas onde a maioria das vítimas são crianças expostas a uma realidade brutal.
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