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Destaques

GUERRA E TRAUMA PSICOLÓGICO: EFEITOS DA VIOLÊNCIA NO CÉREBRO

As guerras afetam não só um determinado território e a geopolítica de um país mas também a vida dos moradores e gera efeitos da violência no cérebro. Tal contexto, pode levar o indivíduo  a sofrer com traumas não só físicos como psicológicos.  Em notícias recentes foram divulgadas a retomada aos bombardeios da Rússia a Ucrânia. Essa retomada, frustrou acordos preestabelecidos, assim como uma crise no abastecimento e ajuda humanitária no Hamas. Todo esse contexto de violência gera danos a estrutura cerebral daqueles que sofrem com os efeitos diários da guerra.  O trauma psicológico gera efeitos da violência no cérebro que caracteriza-se por uma situação de extrema brutalidade. Isso desencadeia transtornos em sua vida cotidiana. O trauma agudo pode gerar ansiedades generalizadas, síndromes do pânico em decorrência do medo agudo de sofrer  atentado ou de morrer em meio a guerra. No DSM-5 o transtorno de estresse pós-traumático é caracterizado por sonhos angustiantes e ...

PADRÕES DE DESENHOS NOS TRANSTORNOS MENTAIS

OS PADRÕES DE DESENHOS DOS ESQUIZOFRÊNICOS: A FRAGMENTAÇÃO BUSCANDO A UNIDADE



A mente esquizofrênica caracteriza-se por alucinações e pela frágil barreira entre consciente e inconsciente, nela os conteúdos simbólicos do inconsciente penetram na mente consciente e os sintomas são caracterizados por delírios, alucinações, discurso desorganizado, comportamento grosseiramente desorganizado ou catatônico e sintomas negativos, assim consta no DSM-5.

Os desenhos apresentam justamente esse padrão de desorganização. Em seu livro: Imagens do Inconsciente, Nise da Silveira descreve que é comum as formas geométricas e a abstração nos desenhos, que buscam sempre a organização. Após o surto esquizofrênico as imagens ficam cada vez mais desorganizadas, porém a psique humana busca sempre o padrão do estabelecimento, portanto na fase em que o paciente apresenta melhoras os desenhos vão cada vez mais tornando-se organizados. Outra característica presente  são aspectos simbólicos do inconsciente penetrando o mundo real, como no caso de figuras onde as fantasias residem junto ao mundo cotidiano. 

Esse padrão também se verifica no teste do HTP, onde ao desenhar uma casa o paciente que apresenta o transtorno desenha na figura da casa que em si representa a psique e o próprio indivíduo, elementos do interior do seu corpo, como por exemplo os órgãos do seu corpo, demonstrando dessa forma seu padrão mental onde o inconsciente esta invadindo o plano da consciência, do real e do concreto, é como se existisse uma transparência, um limiar que desvela o que estava ali escondido, os conteúdos ocultos do inconsciente transparecem e tornam-se visíveis. 

Outro padrão que Jung observou nos desenhos mandálicos de pacientes esquizofrênicos que estão narrados no livro de Nise da Silveira é  a predominância dos padrões 4, 8 e 12. 

O quatro na mandala, segundo consta no livro: O Autoconhecimento Através das Mandalas, representa um conflito mas também a possibilidade da solução a depender de que fase se encontra o paciente, a mente possui esse caráter quaternário que é visível em muitos desenhos dos esquizofrênicos.  O oito por sua vez, está ligado a transformação a necessidade da psique promover uma mudança de estado, mas também o estado interior e a estabilidade, portanto poderia indicar tanto a estabilidade no quadro patológico como o processo em que a psique está começando a promover a mudança do estado rumo a uma maior organização psíquica e uma melhora do transtorno . Já o doze está relacionado com as finalizações e com a busca pela individualização, também o caráter mais transcendente do inconsciente, representa tanto o próprio mergulho inconsciente quanto o caráter mais abstrato e com maior propensão aos devaneios e alucinações esquizofrênicas, pode simbolizar o término do período de estabilidade e começo de um novo surto esquizofrênico ou ainda a última etapa para a melhora do quadro, esse número parece ser o mais natural e com maior afinidade com as características do próprio transtorno. 

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